Dados do Trabalho


Título

TUMORES BENIGNOS E MALIGNOS DA BAINHA NEURAL: UMA REVISÃO PICTÓRICA

Introdução e objetivo(s)

A maioria dos tumores de bainha neural (TBN) são benignos, sendo os principais o schwannoma e o neurofibroma. A transformação maligna pode ocorrer em tumores com grandes dimensões e quando em associação com a neurofibromatose tipo 1 (NF1), sendo esta última, o seu principal fator de risco. Os tumores malignos são raros, agressivos e com baixa sobrevida. Este estudo tem como objetivo revisar e demonstrar os principais padrões de imagem dessas lesões, favorecendo o seu diagnóstico precoce.

Método(s)

Foi realizada uma análise retrospectiva institucional de pacientes diagnosticados com TBN, benignos e malignos, por meio de exames de imagem, como ressonância magnética (RM), tomografia computadorizada (TC) e radiografia. Os critérios avaliados incluíram morfologia, localização, intensidade de sinal nas sequências ponderadas em T1 e T2, realce ao contraste, necrose, hemorragia e invasão de estruturas adjacentes. A confirmação diagnóstica foi obtida através de exame anatomopatológico.

Discussão

Na RM, os TBN, benignos e malignos, exibem alto sinal em T2 e realce heterogêneo ao contraste. As lesões malignas costumam apresentar margens indefinidas, pseudocápsula, invasão de tecidos adjacentes, edema perilesional e áreas de necrose e hemorragia, além de realce periférico e envolvimento de grandes nervos. Quando não há associação com um nervo periférico principal, a diferenciação de outros sarcomas depende de avaliação histológica. Os schwannomas são mais comuns na cabeça, pescoço e membros, predominam entre 5ª e 6ª décadas e são menores que 5 cm. Já os neurofibromas podem ser localizados, difusos ou plexiformes, sendo este último fortemente associado à NF1 e ao risco de malignização. Os tumores malignos da bainha neural afetam principalmente grandes nervos, são sólidos, fusiformes, maiores que 5 cm, apresentam degeneração e hemorragia, e são mais frequentes na 7ª década de vida. A taxa de malignização em pacientes com NF1 é de 4%, enquanto na população geral é de 0,001%, sendo que 25-50% dos casos de TBN malignos ocorrem em indivíduos com NF1, com pico entre a 3ª e 4ª décadas.

Conclusões

Embora os achados de imagem não sejam definitivos para diferenciação entre benignidade e malignidade, eles desempenham um papel essencial na suspeição diagnóstica, auxiliando no manejo precoce e impactando no prognóstico do paciente.

Palavras Chave

Tumores de Bainha Neural; Neurofibromatose tipo I; Imagem musculoesquelética

Arquivos

Área

Sistema Musculoesquelético

Instituições

Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo - São Paulo - Brasil

Autores

SARAH CAETANO VIEIRA MENEZES, GABRIELA FERNANDA RIBOLI FAVARO, WANKLER DIAS CANHADAS JUNIOR, NARRIMAN PATÚ HAZIME, BRUNO BASÍLIO CARDOSO, ADRIANO SILVEIRA MOREIRA NOVAES, MARCIO AUGUSTO ISHIDA, BRUNO CERRETTI CARNEIRO, RAFAEL BACHES JORGE, LUIZ THADEU ROCHA NEHME