Dados do Trabalho
Título
TUMORES VASCULARES E PSEUDOTUMORES DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
Introdução e objetivo(s)
Os tumores vasculares e pseudotumores do sistema musculoesquelético incluem lesões benignas e neoplasias agressivas, como hemangiomas, hemangioendoteliomas, angiossarcomas e malformações vasculares. O diagnóstico por imagem é essencial para diferenciar essas lesões e guiar o manejo clínico. A ressonância magnética (RM), tomografia computadorizada (TC) e ultrassonografia (US) com Doppler são fundamentais para avaliar a vascularização, crescimento e comportamento dessas lesões. Este ensaio pictórico ilustra os principais achados radiológicos e suas implicações clínicas.
Método(s)
Revisar a epidemiologia, os achados clínicos e as características de imagem mais relevantes das lesões vasculares no sistema musculoesquelético, visando produzir material didático para aprendizagem e consulta, através da análise pictórica baseada em TC, RM e US com Doppler de casos originais e revisão da literatura.
Discussão
Os tumores vasculares apresentam ampla variabilidade clínica e radiológica. O hemangioma, a neoplasia vascular benigna mais comum, caracteriza-se por hiperintensidade em T2 na RM e realce homogêneo ao contraste. No Doppler, exibe fluxo venoso e sinais de involução progressiva. O hemangioendotelioma pode ser agressivo, variando de infiltrativo a metastático, apresentando realce heterogêneo e edema perilesional. Já o angiossarcoma, altamente agressivo, manifesta-se como massa infiltrativa mal definida, com realce heterogêneo e necrose, podendo simular processos inflamatórios ou hematomas. As malformações vasculares, por sua vez, são pseudotumores que incluem malformações venosas, linfáticas e arteriovenosas. As venosas aparecem como lesões hiperintensas em T2, sem fluxo arterial ao Doppler e com flebólitos na TC. As linfáticas são císticas, multiloculadas e podem apresentar níveis líquido-líquido. Já as arteriovenosas exibem alto fluxo no Doppler, realce arterial precoce na RM e shunts arteriovenosos na angiografia. A síndrome de Klippel-Trenaunay combina malformações vasculares com hipertrofia óssea e de tecidos moles. A diferenciação entre essas lesões impacta diretamente o tratamento. Hemangiomas geralmente exigem apenas acompanhamento, enquanto angiossarcomas requerem biópsia e tratamento oncológico. Malformações venosas e linfáticas podem ser tratadas com escleroterapia, enquanto as arteriovenosas frequentemente necessitam de embolização.
Conclusões
A correta interpretação dos achados de imagem é essencial para o diagnóstico preciso e o manejo adequado dessas lesões, evitando intervenções desnecessárias e otimizando o tratamento dos pacientes.
Palavras Chave
tumores vasculares; malformações vasculares; lesão de partes moles
Arquivos
Área
Sistema Musculoesquelético
Instituições
Santa Casa de Misericórida de São Paulo - São Paulo - Brasil
Autores
GABRIEL PIANOWSKI PAJANOTI, RAIFRAN MAGALHÃES DA SILVA NETO , JULIANA LIE TAYA, BRUNO BASILIO CARDOSO, ADRIANO SILVEIRA MOREIRA NOVAES, LUIZ THADEU ROCHA NEHME, MARCIO AUGUSTO ISHIDA, RAFAEL BACHES JORGE, BRUNo CERRETTI CARNEIRO