Dados do Trabalho
Título
Desafios e importância do diagnóstico de corpos estranhos na radiologia musculoesquelética: o que todo radiologista precisa saber?
Introdução e objetivo(s)
Embora um exame clínico preciso seja o primeiro passo para detectar corpos estranhos, a escolha do exame de imagem apropriado é decisiva para a detecção do material e planejamento cirúrgico, quando necessário. Este estudo busca revisar as características de imagem dos diferentes tipos de corpo estranho nos principais métodos de imagem, discutindo as suas indicações, com o intuito de proporcionar maior assertividade aos radiologistas, bem como melhorar o planejamento terapêutico desses casos.
Método(s)
O trabalho utiliza casos didáticos provenientes do acervo institucional para revisar os principais tópicos a respeito do tema.
Discussão
A escolha do método de imagem para a avaliação de determinado corpo estranho depende de diversos fatores, dentre eles o material suspeito, sua localização anatômica, o custo e disponibilidade do exame, e as limitações específicas do paciente. A radiografia e a tomografia computadorizada são indicados para avaliação de materiais densos, como metal, vidro ou pedra, enquanto que a ultrassonografia detecta com segurança madeira e plásticos, materiais cujas imagens de radiografia e tomografia computadorizada podem falhar na identificação. A ressonância magnética, por sua vez, é útil na detecção de corpos estranhos não metálicos inacessíveis ao ultrassom, além da avaliação de possíveis complicações. O reconhecimento de sinais indiretos, como reações inflamatórias e acúmulos de ar ou fluidos, pode ajudar a detectar corpos estranhos não radiopacos que, de outra forma, poderiam passar despercebidos. Já no contexto de cirurgias ortopédicas, corpos estranhos geralmente se referem a materiais ou objetos deixados acidentalmente dentro do corpo do paciente após o procedimento. A incidência desses casos é relativamente baixa devido a práticas e protocolos médicos rigorosos, mas ainda pode ocorrer. Por isso, o radiologista deve estar atento ao diagnóstico, principalmente nos casos em que isso é mais provável de ocorrer.
Conclusões
Os radiologistas devem estar familiarizados com a ampla variedade de corpos estranhos nos diferentes contextos, bem como com as particularidades de cada método de imagem nessas situações. Ao identificar com precisão corpos estranhos e suas complicações, os radiologistas desempenham um papel fundamental para garantir a segurança do paciente e otimizar os resultados clínicos por meio de intervenção oportuna, quando necessária.
Palavras Chave
corpos estranhos; Imagem musculoesquelética; Sistema Musculoesquelético
Arquivos
Área
Sistema Musculoesquelético
Instituições
Hospital Israelita Albert Einstein - São Paulo - Brasil
Autores
YAGO FELLIPE ALVES CARVALHO, LUCAS CHAGAS AQUINO, VITOR TAVARES PAULA, ADHAM AMARAL CASTRO, EDUARDO BAPTISTA, PAULO EDUARDO DARUGE GRANDO, EDUARDO NODA KIHARA FILHO, FERNANDA GABRIELA BOLSI, ANA CAROLINA MAGALHÃES VILLELA, GUILHERME BOTTER MAIO ROCHA, MATHEUS MARCELINO DIAS, MURILO CAMPOS SILVA, LARISSA VELAME SANTOS, LAERCIO ALBERTO ROSEMBERG, DURVAL DO CARMA BARROS SANTOS