Dados do Trabalho


Título

Diagnóstico do Carcinoma in situ na sequência Ultrafast. É possível aumentar a sensibilidade da Ressonância Magnética?

Descrição sucinta do(s) objetivo(s)

O carcinoma mamário in situ é uma doença de diagnóstico desafiador sendo a principal causa de falso negativo na Ressonância Magnética (RM), que apresenta alta sensibilidade para o diagnóstico do carcinoma de mama. O presente trabalho possui como principal objetivo evidenciar o papel da sequência Ultrafast na melhora da performance da RM, identificando precocemente as lesões e diferenciando-se do realce de fundo do parênquima mamário.

Material(is) e método(s)

Foram avaliados prontuários de pacientes com diagnóstico de CDIS submetidas a estudo por RM com protocolo completo (T2, difusão B0/800, ultrafast e sequências dinâmicas pré e pós contraste endovenoso) entre janeiro de 2023 e julho de 2023 em um serviço de grande porte.

Resultados e discussão

A RM presenta melhor acurácia no diagnóstico de CDIS de alto grau por possuir maior proliferação celular e maior neoangiogênese, com maior realce comparativamente ao CDIS de baixo grau. O realce de fundo do parênquima pode obscurecer o realce das lesões por CDIS, sendo uma causa dos falsos negativos. A sequência Ultrafast pode melhorar a performance da RM.
No presente estudo foram avaliadas 24 pacientes com diagnóstico de CDIS, 10 submetidas à RM. Apenas 1 estudo por RM não apresentou achados suspeitos. 9 estudos foram positivos, sendo 8 com achado de realce não nodular e 1 com nódulo. Dos 9 estudos com alteração, 7 foram visibilizados na sequência Ultrafast, sendo 4 visibilizados apenas nessa sequência, sem expressão nas demais aquisições pós contraste. 3 foram melhor visualizados na sequência Ultrafast devido a obscurecimento das lesões pelo realce de fundo nas aquisições após 1 minuto da injeção de contraste. 1 caso foi visibilizado no Ultrafast e nas aquisições com 1 minuto de maneira similar.
Apenas 1 caso não apareceu na sequência Ultrafast. Dos 8 casos que tiveram expressão na sequência Ultrafast, 3 são de alto grau e 1 de grau intermediário.

Conclusões

O realce do CDIS pode ser melhor visto na sequência Ultrafast comparativamente às aquisições no primeiro minuto após a administração endovenosa do meio de contraste. A possibilidade de subdiagnóstico da doença avaliada pela RM com o protocolo sem a sequência Ultrafast merece estudos futuros.

Palavras Chave

CDIS; Ultrafast; ressonância

Arquivos

Área

Mama

Instituições

Casa Delas Breast Center - Instituto Orizonti - Minas Gerais - Brasil

Autores

MARIA APARECIDA TAYNARA ABREU FURQUIM, IVIE BRAGA PAULA, IZABELLA TORRES MELO, PAOLA ISABEL SILVA BARROS, ANA RACHEL ALBUQUERQUE MOURA LEITE, JANINA MARA FREITAS AVELAR, PATRICIA CRISTINA SILVA LIMA FERNANDES, ANA PAULA CHEQUER MIRANDA ROCHA, RAQUEL OLIVEIRA LAURIANO LOPES