Dados do Trabalho

Título

O Baço em Foco: Diagnóstico Diferencial Através de um Ensaio Visual

Introdução e objetivo(s)

Lesões esplênicas são raras e, frequentemente, identificadas de forma incidental em exames de imagem. Essa baixa prevalência torna a atuação do radiologista essencial na diferenciação diagnóstica dessas condições. Este trabalho tem como objetivo descrever as principais características das lesões esplênicas mais comuns, contribuindo para um diagnóstico diferencial mais preciso e eficiente.

Método(s)

Foram analisados casos de pacientes com lesões esplênicas provenientes do banco de dados de um hospital universitário, abrangendo imagens de tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM). Além disso, foi realizada uma revisão criteriosa da literatura científica para embasar os achados apresentados.

Discussão

Abscessos: Lesões bacterianas são geralmente únicas, enquanto as fúngicas ou micobacterianas são múltiplas. Apresentam margens irregulares, parede espessada com realce, e conteúdo líquido heterogêneo com restrição à difusão na RM. Em alguns casos, podem conter focos de gás.
Hemangiomas: Lesões bem delimitadas, hiperecoicas no ultrassom, hiperintensas em T2 na RM e com padrão característico de realce nodular periférico centrípeto. Lesões pequenas podem apresentar realce homogêneo precoce, enquanto as maiores exibem o padrão clássico de realce.
Linfoma: Nódulos homogêneos e hipovasculares. Na RM, são hipointensos em T1, variando em intensidade de sinal no T2, frequentemente com restrição à difusão. O realce costuma ser discreto e inferior ao do parênquima.
Sarcoidose: Nódulos hipoecoicos ou hipodensos, hipointensos na RM em todas as sequências, com hiporrealce ao contraste. São melhor observados em T2 com saturação de gordura e sequências pós-contraste.
Metástases: Geralmente hipodensas/hipoecoicas, hiperintensas em T2 e hipointensas em T1. O padrão de realce varia conforme a lesão primária.

Conclusões

A integração de diferentes modalidades de imagem, como ultrassonografia, TC e RM, permite uma avaliação detalhada das características das lesões esplênicas. Essa abordagem multimodal é crucial para o diagnóstico diferencial e contribui significativamente para o manejo clínico dos pacientes.

Palavras Chave

baço; lesões esplênicas

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