Dados do Trabalho
Título
Papel da Ressonância Magnética de Corpo Inteiro na Gamopatia Monoclonal de Significado Indeterminado (MGUS): Compreendendo o “Inimigo Oculto”
Introdução e objetivo(s)
A gamopatia monoclonal de significado indeterminado (MGUS) é uma condição hematológica pré-maligna que surge das células B e é o distúrbio plasmocitário mais comum, em que a medula óssea produz plasmócitos anormais que geram proteínas M alteradas. É encontrada em cerca de 3% da população geral, a maioria dos pacientes com mais de 50 anos e do sexo masculino, estando associada a várias doenças crônicas inflamatórias reumatológicas (RDs). Ela é considerada uma condição precursora do Mieloma Múltiplo (MM), dentre outras malignidades hematológicas, sendo a taxa de progressão para Mieloma Múltiplo de 1% ao ano. Por isso, o acompanhamento a longo prazo é recomendado e a ressonância magnética de corpo inteiro (WBMRI) desempenha papel fundamental no seguimento.
Método(s)
Serão descritos e discutidos casos envolvendo MGUS e suas expressões nos exames de ressonância magnética de corpo inteiro, sendo destacados os principais achados de imagem que permitam identificar o mais precocemente possível essas alterações.
Discussão
O grupo internacional de trabalho sobre Mieloma (IMWG) não recomenda a realização rotineira de WBMRI em pacientes com diagnóstico clínico de MGUS, a menos que haja forte suspeita clínica de progressão para MM. O acompanhamento da MGUS deve ser contínuo, mas o risco de progressão para mieloma múltiplo, mieloma múltiplo latente (SMM) ou outras doenças associadas é baixo. A WBMRI, no entanto, é uma ferramenta poderosa para o diagnóstico, estadiamento e tratamento de plasmocitomas, sendo formalmente recomendada no acompanhamento de pacientes com plasmocitoma ósseo solitário (SBP) e SMM. Esse exame oferece diversas vantagens em relação às técnicas tradicionais de imagem, incluindo maior sensibilidade, especificidade e capacidade de detectar doenças precocemente.
Conclusões
Ao fornecer informações detalhadas sobre a extensão e atividade da doença, a WBMRI ajuda os médicos a tomar decisões embasadas sobre o plano terapêutico ideal para cada paciente vivendo com MGUS, SBP ou SMM, visando a detecção de lesões o mais rapidamente possível e uma intervenção precoce.
Palavras Chave
MGUS; Ressonância Magnética
Arquivos
Área
Sistema Musculoesquelético
Instituições
Universidade Federal do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Brasil
Autores
ANDREY FILLIP THOMAZ RIBEIRO, MATEUS PEREIRA DOS SANTOS GOMES , SÉRGIO FERREIRA ALVES JÚNIOR, FLAVIA MARTINS COSTA