Dados do Trabalho
Título
Abordagem Sistemática para Diferenciar a Recorrência Local de Sarcoma Musculoesquelético das Alterações Pós-Tratamento com Técnicas Avançadas de Ressonância Magnética: Ensaio Pictórico
Introdução e objetivo(s)
Sarcomas representaram cerca de 0,9% dos novos casos de câncer nos EUA, sendo o sarcoma de tecidos moles responsável por 12.020 novos casos e o sarcoma ósseo por 3.020 novos casos. Em relação à recorrência, a maioria dos casos ocorre nos primeiros 2 anos após o tratamento, enquanto apenas 5% se desenvolvem após 5 anos. Apesar de novas descobertas nos últimos anos, a sobrevida em 5 anos em pacientes com sarcoma se estabilizou em cerca de 65%. A imagem é crucial durante o pós-tratamento para detectar precocemente as recorrências.
O objetivo deste trabalho é descrever uma abordagem sistemática para diferenciar recorrência local de sarcoma musculoesquelético das alterações pós-tratamento, utilizando técnicas avançadas de ressonância magnética.
Método(s)
Serão descritos e discutidos diversos casos de recorrência local de sarcoma musculoesquelético e casos envolvendo alterações pós-tratamento. Serão destacados os principais achados em cada sequência de ressonância magnética, que podem ajudar a diferenciar essas entidades.
Discussão
Não há diretrizes baseadas em evidências bem estabelecidas sobre o impacto dos exames de imagem no acompanhamento de pacientes com sarcoma musculoesquelético. Para pacientes de alto risco, costuma-se recomendar ressonância magnética e tomografia computadorizada de tórax regularmente, por até 10 anos após o tratamento. A ressonância magnética continua sendo o padrão ouro, com sensibilidade de até 100% e especificidade de até 97%.
A abordagem sistemática proposta neste trabalho indica realização de imagens pesadas em difusão (DWI), coeficiente de difusão aparente (ADC), ressonância magnética com contraste dinâmico (DCE/MRI) e T1/T2 Dixon, combinando os resultados para chegar ao diagnóstico mais provável.
Destacamos que na recorrência há: restrição verdadeira à difusão com valores baixos de ADC, perfusão elevada, o padrão de realce precoce e intenso e o sinal intermediário no T2. Nas alterações pós-tratamento se observam: áreas de fibrose/cicatrizes, difusão facilitada, padrão de realce tardio/variável e geralmente sinal elevado no T2 Dixon indicando edema.
Conclusões
Técnicas avançadas de ressonância magnética, incluindo DWI, DCE-MRI e T2/T1 Dixon, fornecem uma abordagem robusta para diferenciar a recorrência local de sarcoma musculoesquelético das alterações pós-tratamento.
Palavras Chave
sarcoma; recorrência; Ressonância Magnética
Arquivos
Área
Sistema Musculoesquelético
Instituições
Universidade Federal do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Brasil
Autores
ANDREY FILLIP THOMAZ RIBEIRO, MATEUS PEREIRA DOS SANTOS GOMES , SERGIO FERREIRA ALVES JÚNIOR, FLAVIA MARTINS COSTA