Dados do Trabalho


Título

CARCINOMA UROTELIAL DO TRATO URINÁRIO SUPERIOR – UM ENSAIO PICTÓRICO

Introdução e objetivo(s)

Os carcinomas uroteliais correspondem a cerca de 90% das neoplasias encontradas no TUS, tendo sua origem no epitélio de transição (urotélio). Podem acometer a região pielocalicinal e os ureteres, e possuem comportamento mais agressivo quando comparados às neoplasias de trato inferior. Os exames de imagem têm grande importância para estadiamento, avaliação pré e pós-tratamento nesse contexto. O objetivo deste ensaio pictórico é ilustrar os principais achados imaginológicos dessa patologia.

Método(s)

As imagens disponíveis neste trabalho são provenientes do acervo de um hospital quaternário. Adicionalmente realizamos uma breve revisão de literatura para a discussão dos casos.

Discussão

As neoplasias de trato urinário estão entre as mais frequentes no mundo, com diversas origens histológicas, sendo o carcinoma urotelial, que advém das células de transição, o mais comum. Os fatores de risco são o tabagismo, o etilismo e a exposição ao ácido aristolóquico. O principal sinal clínico é a hematúria, com possível associação a hidronefrose e alterações no hábito urinário. Quando acometem o TUS (5-10%) podem ser sincrônicas em até 17% dos casos, o que torna imprescindível a investigação de todo o trato urinário no momento do diagnóstico e no seguimento.

O estadiamento TNM avalia a invasão das camadas da parede, das estruturas e gorduras adjacentes, além de linfadenopatia e metástases à distância. A aquisição de fragmentos de biópsias tem alta dificuldade técnica, portanto a avaliação por métodos de imagem torna-se fundamental.

A urotomografia com fase corticomedular, nefrográfica e excretora é o método de escolha por sua maior acurácia em geral, além de permitir avaliar outros diagnósticos diferenciais de hematúria. A urorressonância é o segundo método de escolha (em caso de contraindicação à uroTC), tendo como principal vantagem a maior acurácia para avaliar o risco de invasão da camada muscular, segundo evidências científicas iniciais. O PET-CT auxilia na avaliação de metástases linfonodais, já a pielografia excretora e a ultrassonografia contribuem caso haja contraindicação aos outros métodos.

Conclusões

O carcinoma urotelial de trato urinário superior é uma neoplasia com comportamento agressivo e relevância clínica significativa. Os métodos de imagem têm vital importância no diagnóstico, estadiamento e acompanhamento, justificando a necessidade do radiologista estar familiarizado com essa patologia.

Palavras Chave

Carcinoma Urotelial; trato urinário;

Arquivos

Área

Abdominal/Trato Geniturinário

Instituições

Universidade de São Paulo - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - São Paulo - Brasil

Autores

MARIA EDUARDA DE OLIVEIRA FERNANDES, LEANDRO DIAS ALMEIDA, RAFAELLA BARATTA COLLA, MONICK BARBOSA NAKAYAMA, GIOVANA COMPER, ALEXANDRE SOUTO DE MORAES MORGADO, GABRIEL DE LION GOUVEA , CECILIA VIDAL DE SOUZA TORRES, JORGE ELIAS JUNIOR, VALDAIR FRANCISCO MUGLIA