Dados do Trabalho


Título

Avaliação tomográfica da diverticulite aguda: o que muda a conduta?

Introdução e objetivo(s)

A diverticulite aguda é causa importante de atendimentos no pronto socorro e de internações hospitalares. Diante da redução das colectomias parciais e dos avanços na radiologia intervencionista, a avaliação por tomografia computadorizada, tornou-se crucial na definição de conduta desses pacientes, pois além da confirmação diagnóstica, permite a avaliação das complicações agudas que impactam no tratamento e evolução da doença. O objetivo deste trabalho é discutir o diagnóstico e as complicações da diverticulite na tomografia computadorizada, pontuando as informações necessárias para definição de conduta e planejamento cirúrgico ou intervencionista.

Método(s)

Trata-se de um ensaio pictórico, demonstrando por meio de casos da instituição, uma avaliação estruturada das alterações e das complicações relacionadas à diverticulite aguda.

Discussão

A tomografia computadorizada é indispensável na avaliação do paciente com diverticulite aguda. As possibilidades de tratamento são amplas e incluem tratamento conservador com antibiótico, drenagem percutânea guiada por imagem e cirurgias. A decisão é baseada na avaliação clínica do paciente em conjunto com os achados de imagem. Dessa forma, a interpretação correta do exame e a comunicação clara dos achados pelo radiologista tem papel central na definição de conduta. Dentro desse contexto é essencial que o radiologista conheça as principais complicações da doença e o seu impacto na definição do tratamento. Como exemplo relevante, é preciso que o radiologista saiba reconhecer em casos de pneumoperitônio, se há sinais de franca perfuração ou se a perfuração é bloqueada ou contida, uma vez que isso poderá ser o fator decisivo entre uma conduta conservadora ou cirúrgica. Além disso, a detecção de fístulas e aderências pode auxiliar no planejamento pré operatório e evitar lesões inadvertidas e complicações cirúrgicas. Por fim, o conhecimento da diverticulite na sua forma pseudotumoral também pode auxiliar no prosseguimento da investigação diagnóstica.

Conclusões

O radiologista tem papel relevante no auxílio da condução de pacientes com diverticulite aguda, sendo essencial o conhecimento das complicações agudas e tardias e o seu impacto na definição do tratamento. A interpretação correta da tomografia e a comunicação clara dos achados pode favorecer um melhor desfecho clínico.

Palavras Chave

diverticulite aguda; Tomografia; COMPLICAÇÕES

Arquivos

Área

Abdominal/ Trato Digestório

Instituições

Hospital Israelita Albert Einstein - São Paulo - Brasil

Autores

GUILHERME SWERTS PEREIRA, PEDRO MECATE PRADA, THIAGO MENEZES BARAVIERA, THAIS CALDARA MUSSI ANDRADE GOBBO, RONALDO HUEB BARONI