Dados do Trabalho

Título

ASSOCIAÇÃO ENTRE RASTREAMENTO DE PRIMEIRO TRIMESTRE PARA PRÉ-ECLÂMPSIA E RESULTADOS MATERNOS E PERINATAIS ADVERSOS

Descrição sucinta do(s) objetivo(s)

Objetivo: Investigar o impacto do rastreamento de primeiro trimestre, entre 11 e 13 semanas e 6 dias, para pré-eclâmpsia (PE) e a incidência da doença durante a gestação.

Material(is) e método(s)

Metodologia: Estudo de coorte retrospectivo, com gestantes de gestações únicas entre 11 e 13 semanas e 6 dias com coleta entre janeiro de 2020 e junho de 2024. As participantes foram separadas em grupo I (pacientes que não realizaram rastreamento, clínico ou combinado, de primeiro trimestre para PE) e grupo II (pacientes com rastreamento clínico ou combinado). O risco estimado de PE foi classificado em alto (≥1/150) ou baixo (<1/150). O volume amostral mínimo, calculado pelo programa GPower 3.1, foi de 568 pacientes e a associação entre a realização ou não do rastreamento foi feita considerando odds ratio de 1,3, poder do teste de 80% e probabilidade de erro de α 0,05.

Resultados e discussão

Resultados: Foram analisadas 2442 gestantes, 988 no grupo I e 1434 no grupo II, sendo que deste 204 apresentaram alto risco e 1230 baixo risco para PE. Foi observado que pacientes do grupo II apresentaram maior risco para ocorrência de parto antes de 34 semanas e antes de 37 semanas, além de menor risco de hipertensão gestacional (HAG) e parto espontâneo antes de 37 semanas que as pacientes que não realizaram o rastreamento. Entre gestantes de alto risco para PE, 61,3% utilizaram AAS 100 mg até as 37 semanas, o que se associou a menor risco de de PE > 37 semanas, sem impacto significativo na redução do risco de desenvolvimento de HAG e óbito neonatal.

Conclusões

Conclusão: O rastreamento de primeiro trimestre para PE demonstrou redução no risco de HAG, contudo aumentou a incidência de partos <34 semanas. O uso do AAS em gestantes de alto risco apresentou associação à diminuição do risco de ocorrência de PE após 37 semanas de gestação, contudo não demonstrou impacto relevante na prevenção de HAG e óbito neonatal.

Palavras Chave

PRIMEIRO TRIMESTRE; PRÉ-ECLÂMPSIA; Ultrassonografia

Arquivos