Dados do Trabalho


Título

Embolização Oncológica: Como a Radiologia Intervencionista Está Redefinindo o Controle Hemorrágico e Tumoral

Descrição sucinta do(s) objetivo(s)

Revisar o papel da embolização no controle de hemorragias em pacientes oncológicos e seu impacto no comportamento tumoral, destacando a importância da Radiologia Intervencionista no manejo desses pacientes. A análise também explora os avanços em materiais e técnicas e sua aplicação clínica na prática intervencionista.

Descrição da(s) doença(s), método(s) e/ou técnica(s)

Foi realizada uma revisão narrativa da literatura na base de dados PubMed. A estratégia de busca incluiu os termos: “embolization AND cancer AND hemorrhage AND embolic agents”. Foram selecionados oito artigos que atenderam aos critérios de inclusão, considerando estudos clínicos que avaliaram o controle hemorrágico e a influência da embolização no tratamento tumoral.

Discussão

Os estudos analisaram a eficácia e segurança dos agentes embólicos no tratamento de hemorragias agudas ou crônicas associadas a tumores malignos, tumores benignos sangrantes e efeitos adversos da radioterapia. Além disso, avaliaram a combinação da embolização com quimioterapia e terapia térmica. Entre os procedimentos específicos destaca-se a Quimioembolização Transarterial (TACE), amplamente utilizada para tratamento de carcinomas hepatocelulares, e a Radioembolização (TARE ou SIRT), que emprega esferas radioativas para tratamento de tumores hepáticos e metástases. As taxas de controle hemorrágico variaram, com resolução completa entre 66,7% e 78,4% e sucesso clínico entre 71% e 94,1%. Apesar de ter pouco impacto na progressão da doença, a embolização reduz a necessidade de transfusões e possibilita terapias mais agressivas, podendo influenciar a sobrevida. No contexto da Radiologia Intervencionista (RI), a embolização arterial tem sido utilizada como alternativa minimamente invasiva à cirurgia para controle de sangramentos oncológicos, melhorando a qualidade de vida dos pacientes e reduzindo a morbidade. Os efeitos adversos estão relacionados ao grau de oclusão vascular. Materiais mais biodegradáveis mostraram maior recanalização, exigindo reembolizações. A embolização de vasos não alvo pode causar isquemia em tecidos saudáveis, sendo mais frequente com microesferas, embora novas tecnologias tenham reduzido esse risco. O avanço na seleção de agentes embólicos e o uso de técnicas guiadas por imagem têm permitido maior precisão e segurança.

Conclusões

A embolização é uma ferramenta essencial no controle de hemorragias em pacientes oncológicos e pode ter impacto na resposta tumoral. Entretanto, a heterogeneidade dos estudos disponíveis limita a eficácia e segurança em diferentes cenários oncológicos.

Palavras Chave

Embolização; Agentes; ONCOLOGIA

Arquivos

Área

Intervenção

Instituições

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - Rio Grande do Sul - Brasil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

ADOLFO MORAES DE SOUZA, MATHEUS DE LIMA RUFFINI, LEONARDO ANDRÉ SWAROWSKY LOEBENS , TAÍS LOSEKANN ZORRER, LAÍS HELENA GOMES CORDEIRO, ROBERTA RAMOS DE ARAUJO, ENZO GALLARDO GOMES, JULIANA AVILA DUARTE