Dados do Trabalho
Título
DESAFIOS TÉCNICOS NA SIMULAÇÃO RADIOTERÁPICA EM TOMÓGRAFOS NÃO DEDICADOS À RADIOTERAPIA
Introdução e objetivo(s)
A tomografia computadorizada é essencial no planejamento radioterápico, mas muitos centros de radioterapia utilizam tomógrafos convencionais, não dedicados exclusivamente à radioterapia. Isso impõe desafios técnicos na aquisição de imagens direcionadas a esse procedimento. Este estudo abordou os principais desafios enfrentados pelos tecnólogos em radiologia nesse contexto.
Método(s)
Estudo pictórico baseado na rotina de profissionais tecnólogos em radiologia atuantes no Setor de Radioterapia.
Discussão
Em tomógrafos convencionais, a mesa de exame é almofadada, mas para a simulação radioterápica, a mesa deve ser plana, semelhante à mesa dos aceleradores lineares, portanto, deve-se trocar a almofada por um tampo de madeira, devidamente nivelado, evitando rotações e erros sistemáticos de posicionamento. O FOV (field of view) máximo em equipamentos não dedicados à radioterapia é de 50 cm, dificultando a aquisição de imagens em pacientes com maiores circunferências corporais. Na radioterapia são utilizados acessórios para garantir um posicionamento reprodutível do tratamento, como por exemplo a rampa de mama, que possui angulações de até 30 graus para o tronco, no entanto, a sua utilização pode ser difícil em pacientes com mobilidade prejudicada, pois ela fica limitada ao diâmetro máximo de abertura do gantry. O procedimento requer a marcação precisa do isocentro de referência, que deve coincidir com 3 ou 2 pontos na superfície corporal de cada paciente, de acordo com a sobreposição dos lasers do tomógrafo ou de lasers externos, adaptados à sala da tomografia, que são calibrados periodicamente para eliminar possíveis erros de marcação do isocentro. Para que as imagens tenham conformação com os algoritmos de cálculo do Sistema de Planejamento do Tratamento (TPS) essas adaptações devem ser feitas de forma a garantir a qualidade e a reprodutibilidade do posicionamento para o tratamento nos aceleradores lineares.
Conclusões
Dentre os desafios observados destacam-se o nivelamento do tampo da mesa, o limite máximo de FOV, o diâmetro de abertura do gantry e o alinhamento dos lasers de posicionamento. O tecnólogo em radiologia atua diretamente em todas as etapas da radioterapia, principalmente na simulação radioterápica, portanto, é fundamental que se tenha domínio dos desafios para reconhecer as necessidades de adaptações técnicas, garantindo a qualidade da simulação radioterápica.
Palavras Chave
Simulação radioterápica; Radioterapia; Tomografia
Arquivos
Área
Técnicas Radiológicas
Instituições
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista - São Paulo - Brasil
Autores
RAFAELA FERRAZ DE CAMARGO, BIANCA DE FÁTIMA PINHEIRO FABRI RAMOS, MARCO ANTÔNIO RODRIGUES FERNANDES, GIORDANO MASINI FERNANDES