Dados do Trabalho
Título
Avaliação da recidiva local no câncer pancreático, dicas e armadilhas.
Introdução e objetivo(s)
O adenocarcinoma pancreático (AP) é uma neoplasia desafiadora. Grande parte dos pacientes apresenta doença localmente avançada ou metastática ao diagnóstico, e mesmo naqueles que são candidatos à ressecção, a taxa de recidiva é alta e o prognóstico é desfavorável. Embora as alternativas de tratamento sejam restritas nos pacientes com recidiva local, a detecção precoce pode ter impacto na morbidade desses pacientes com a instituição precoce de tratamentos de resgate.
Este trabalho tem como objetivo propor uma avaliação sistemática, apresentando as dicas e armadilhas, na avaliação por imagem da recidiva local após tratamento cirúrgico do AP.
Método(s)
ensaio pictórico, observacional, descritivo baseado em casos da instituição.
Discussão
Não há consenso na literatura sobre o tratamento da recidiva local do AP, sendo o tratamento sistêmico e a radioterapia as alternativas mais comuns e a cirurgia reservada para casos específicos. Embora não tenha sido observado ganho de sobrevida global, o tratamento da recidiva local pode aumentar a sobrevida livre de doença, reduzindo a morbidade desses pacientes.
A detecção por imagem da recidiva local não é simples, por se tratar de uma lesão que pode apresentar crescimento lento e que pode surgir em meio à alterações fibrocicatriciais e complicações pós-operatórias. Dessa forma, não é incomum que as recidivas sejam detectadas quando já determinam complicações locais.
Alguns fatores são essenciais para se aumentar a detecção precoce da recidiva local do AP: Reavaliação do exame inicial pré operatório; Conhecimento da curva de CA 19.9 e do anatomopatológico da peça cirúrgica com foco nas margens cirúrgicas; Avaliação evolutiva, destacando-se a análise não apenas do exame imediatamente anterior, mas de todos os exames realizados após a cirurgia; Avaliação das estruturas vasculares, destacando-se surgimento de irregularidades parietais arteriais e afilamentos venosos, permitindo a detecção precoce de lesões pequenas e mal definidas.
Conclusões
Uma abordagem estruturada associada ao conhecimento dos padrões de crescimento da recidiva local do AP nos exames de imagem, pode aumentar a chance de detecção precoce, otimizando a implementação de tratamentos de resgate com possível redução de morbidade dos pacientes.
Palavras Chave
imagem abdominal; adenocarcinoma pancreático; recidiva local;
Arquivos
Área
Abdominal/ Trato Digestório
Instituições
hospital israelita albert einstein - São Paulo - Brasil
Autores
MATHEUS MARCELINO DIAS, THIAGO MENEZES BARAVIERA, LAVÍNIA FERREIRA DIAS, RENATA EMY OGAWA