Dados do Trabalho
Título
Osteoma osteoide e achados de imagem após ablação por radiofrequência
Introdução e objetivo(s)
Este estudo retrospectivo analisou os achados de imagem do osteoma osteoide antes e após a ablação por radiofrequência (RFA), uma técnica minimamente invasiva que tem se tornado o tratamento de escolha devido à sua alta taxa de sucesso e rápida recuperação. A tomografia computadorizada (TC) é o exame mais sensível para a detecção do nidus e para avaliar as alterações ósseas pós-tratamento, enquanto a ressonância magnética (RM) é útil para monitorar o edema ósseo e a resposta inflamatória. A análise sequencial das imagens auxilia na diferenciação entre uma resposta inflamatória normal e uma recidiva, permitindo um acompanhamento mais preciso da eficácia terapêutica.
Método(s)
Foram analisados retrospectivamente casos de osteoma osteoide tratados com RFA, selecionados do banco de dados institucional. As imagens foram coletadas em diferentes períodos antes e após o procedimento, abrangendo radiografia, TC e RM.
Discussão
A ablação por radiofrequência tem revolucionado o tratamento do osteoma osteoide, proporcionando redução da dor com baixa morbidade. No período imediato pós-procedimento, a TC frequentemente apresenta hipodensidade no local do nidus, indicando necrose térmica, enquanto pequenos fragmentos calcificados podem permanecer sem significar falha terapêutica.
Na RM, é comum caracterizar a persistência de edema ósseo, principalmente em lesões justarticulares, sem necessariamente indicar falha terapêutica. No longo prazo, a maioria dos pacientes apresenta remodelação óssea progressiva, com redução do edema e estabilização da esclerose peri-lesional.
Todos os pacientes deste estudo evoluíram com melhora clínica satisfatória, apresentando resolução completa da dor.
A diferenciação entre uma resposta inflamatória residual e uma recidiva verdadeira é fundamental, sendo a persistência do realce do nidus na RM um dos principais sinais de recorrência.
Conclusões
A TC demonstrou ser a melhor ferramenta para avaliar a destruição do nidus e a remodelação óssea, enquanto a RM foi essencial para monitorar a resposta inflamatória e descartar recidivas. A integração dessas modalidades de imagem no seguimento pós-tratamento é fundamental para otimizar a avaliação da resposta ao procedimento e orientar condutas clínicas. Este ensaio tem como objetivo contribuir para um melhor entendimento da evolução radiológica do osteoma osteoide, auxiliando médicos radiologistas no diagnóstico e acompanhamento desses pacientes.
Palavras Chave
osteoide osteoma; ablação por radiofrequência; Tomografia computadorizada
Arquivos
Área
Intervenção
Instituições
HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS - São Paulo - Brasil
Autores
LARYSSA SUEMY OUMORIZ, GUSTAVO HENRIQUE HYPÓLITTI, HENRIQUE DURANTE, DIOGO ANDRÉ TAFFAREL, DEBORA SARA NEVES LIMA, RAFAEL GRAMULHA NAGASSO, BRUNA GONÇALVES OLIVEIRA NEVES