Dados do Trabalho
Título
Glândulas paratireoides intratireoidianas: uma análise de 10 casos e seus desafios
Descrição sucinta do(s) objetivo(s)
Classicamente, as glândulas paratireoides localizam-se junto aos contornos externos da cápsula da glândula tireoide, porém podem ser encontradas em situações ectópicas, inclusive no interior da glândula tireoide, em regiões claramente circundadas pelo parênquima tireoidiano. Dessa forma, muitas vezes podem ser confundidas com nódulos tireoidianos, por vezes com classificação ACR TI-RADS alta.
Os objetivos desta exposição são:
- tornar este diagnóstico possível e incorporado na prática radiológica, especialmente no contexto clínico do hiperparatireoidismo;
- revisar os aspectos aos métodos de imagem destas glândulas;
- mostrar resultados de 10 casos originais das nossas instituições, ilustrados por diferentes métodos de imagem.
Material(is) e método(s)
A apresentação consistirá em:
Introdução: epidemiologia, embriologia e aspectos clínicos da glândula paratireoide intratireoidiana.
Discussão sobre os métodos de imagem das glândulas paratireoides intratireoidianas: ultrassonografia, cintilografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética.
Apresentação de dez casos originais ilustrativos com correlação anatomopatológica e possíveis características atípicas destes nódulos.
Recomendação para radiologistas sobre em qual contexto devemos lembrar deste diagnóstico.
Resultados e discussão
Para o presente estudo foram analisados 10 casos originais de glândulas paratireoides intratireoidianas em duas instituições. Desses 10 casos originais, 100% foram submetidos à cintilografia e apresentaram hipercaptação focal ao radiofármaco, 100% foram submetidos à ultrassonografia, sendo que 80% dos exames apresentaram nódulos predominantemente hipoecogênicos (típicos), 10% nódulo heterogêneo e 10% nódulo hiperecogênico. 20% foram submetidos à ressonância magnética, nos quais o hipersinal em T2 estava presente, e 50% à tomografia computadorizada 4D, com a característica hipoatenuação na fase pré-contraste e o realce variável nas fases arterial e venosa. Em relação à localização 80% dos casos eram periféricos em relação aos lobos tireoidianos e 20% centrais. Todas as lesões foram submetidas à avaliação pela anatomia patológica, sendo 80% diagnosticados como adenomas, 10% como doença multiglandular e 10% como carcinomas.
Conclusões
Devemos lembrar a existência da glândula paratireoide em todos os pacientes com nódulos tireoidianos, principalmente no contexto de hiperparatireoidismo clínico. O aumento da glândula paratireoide intratireoidiana pode aparecer em qualquer parte da glândula tireoide, ou mesmo em uma tireoide ectópica. Vale ressaltar ainda, que o diálogo constante com o médico solicitante é fundamental para a adequada correlação clínica e radiológica nesses casos.
Palavras Chave
glândulas paratireoides intratireoidianas; hiperparatireoidismo;
Arquivos
Área
Cabeça e Pescoço
Instituições
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) - São Paulo - Brasil, Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) - São Paulo - Brasil
Autores
ARTEMIS DALALI DO NASCIMENTO ALVES, LUCAS OLEA MADEIRA, RENATO TOSHIO MURASHITA FUJIKI, HUGO TAMES, REGINA LUCIA ELIA GOMES, FELIPE MAGNABOSCO, HUDSON SODRE, FABIO MONTENEGRO, ELOISA MARIA MELLO SANTIAGO GEBRIM, CLAUDIO ROBERTO CERNEA, LUCAS CARRARA RIBEIRO, CAROLINA RIBEIRO SOARES