Dados do Trabalho


Título

RADIOLOGIA INTERVENCIONISTA NO MANEJO DA ADENOMIOSE E ENDOMETRIOSE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Descrição sucinta do(s) objetivo(s)

A radiologia intervencionista é uma importante ferramenta para o manejo minimamente invasivo de doenças. Neste sentido, este estudo buscou compreender as evidências acerca do seu uso no manejo da adenomiose e endometriose.

Descrição da(s) doença(s), método(s) e/ou técnica(s)

Este trabalho se trata de revisão integrativa de literatura. A busca dos artigos se deu através do PubMed, Scielo e Lilacs, utilizando os descritores “Interventional Radiology”, “Endometriosis” e “Adenomyosis”. Os critérios de inclusão utilizados foram: artigos originais, publicados entre 2019 -2024. Revisões de literatura foram excluídas. Obtiveram-se 112 resultados. Após leitura na íntegra, 13 compõem a amostra final: 3 estudos prospectivos, 7 retrospectivos, 2 relatos de caso e 2 séries de caso. A quantidade de pacientes variou de 5-76.

Discussão

A adenomiose foi aludida sob diferentes interfaces: crioablação de adenomiomas (1), escleroterapia percutânea com etanol (1), embolização da artéria uterina com micro-partículas (1), papel da endometriose ovariana na melhora dos sintomas de pacientes com adenomiose que realizaram embolização da artéria uterina (1), ablação por microondas com/ sem instilação de solução salina (1) e papel prognóstico das imagens de RM na melhora de sintomas após embolização de artéria uterina para adenomiose (1). Os estudos relataram melhora e redução estatisticamente significativas dos sintomas relatados pelas pacientes. A presença de endometriose ovariana concomitante foi um fator de mau prognóstico quanto à resolução da dor. A RM não se mostrou confiável como preditora de melhora. Dos artigos que abordaram endometriose de parede abdominal, 3 discorreram acerca da crioablação guiada por tomografia, ressonância e ultrassonografia e 2 sobre radiofrequência guiada por ultrassonografia. Ademais, foi incluído 1 estudo sobre crioablação de lesões de endometriose extraperitoneal e 1 sobre escleroterapia percutânea com etanol de endometrioma. Da mesma forma, os estudos demonstraram redução e melhora estatisticamente significativas nos sintomas e tamanho das lesões.

Conclusões

As pesquisas indicaram uma melhora significativa e redução das lesões de adenomiose e endometriose por meio de todas as técnicas avaliadas. No entanto, a presença simultânea de endometriose ovariana foi identificada como um fator de pior prognóstico em relação ao alívio da dor. Além disso, a ressonância magnética não demonstrou ser uma ferramenta confiável para prever a melhora clínica.

Palavras Chave

adenomiose; Endometriose; radiologia intervencionista

Arquivos

Área

Intervenção

Instituições

Faculdades Pequeno Príncipe - Paraná - Brasil, Universidade Alto Vale do Rio do Peixe - Santa Catarina - Brasil

Autores

JULIA WOLFF BARRETTO, NATALIA GURGEL DO CARMO, MILENA HAIN BASSO, ANA GABRIELA FARIAS, YEDA DA SILVA