Dados do Trabalho


Título

Anomalias vasculares não tumorais: Achados em diagnóstico por imagem musculoesquelética​

Descrição sucinta do(s) objetivo(s)

Esta apresentação tem como objetivo destacar a importância da avaliação por imagem no diagnóstico de anomalias vasculares não tumorais no sistema musculoesquelético, considerando a complexidade dessas condições e a necessidade de uma abordagem multidisciplinar para um diagnóstico preciso e manejo adequado.

Descrição da(s) doença(s), método(s) e/ou técnica(s)

As anomalias vasculares não tumorais no sistema musculoesquelético representam um desafio diagnóstico, especialmente em casos com história clínica e exame físico pouco claros. Elas podem se manifestar por dor, nódulos, alterações cutâneas ou serem achados incidentais em exames de imagem, abrangendo condições como trombose, tromboflebite, vasculites, embolia e pseudoaneurismas. Métodos de imagem como ultrassonografia, Doppler, tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM) e angiografia são essenciais para a localização e caracterização precisa dessas lesões, com o uso de contraste intravenoso melhorando a avaliação do fluxo e das estruturas vasculares.

Discussão

As anomalias vasculares não tumorais no sistema musculoesquelético abrangem condições complexas, como os pseudoaneurismas, que são dilatações vasculares resultantes da ruptura parcial da parede arterial, contidas pela túnica adventícia ou pelos tecidos circundantes. Geralmente ocorrem após procedimentos invasivos, sendo a artéria femoral o local mais comum, e diferem dos aneurismas verdadeiros por não envolverem todas as camadas arteriais. Outra condição relevante são as vasculites, processos inflamatórios que afetam os vasos sanguíneos, causando danos à parede vascular, estreitamentos ou oclusões, como ocorre na poliarterite nodosa e na vasculite associada ao ANCA. A trombose venosa profunda (TVP) é marcada pela formação de trombos em veias profundas, frequentemente associada à tríade de Virchow (lesão endotelial, estase sanguínea e hipercoagulabilidade), com fatores de risco como fraturas, tumores e imobilizações prolongadas. Já a tromboflebite superficial é caracterizada pela inflamação de veias superficiais com trombose associada, sendo mais comum em membros inferiores, especialmente nas veias safena magna e parva, frequentemente relacionada a trauma local, cateterização venosa e imobilidade prolongada.

Conclusões

Compreender essas etiologias é crucial para um diagnóstico preciso, especialmente porque as anomalias vasculares muitas vezes não são a principal consideração diagnóstica para os clínicos, o que destaca o papel dos radiologistas na identificação e sugestão desses diagnósticos por meio da interpretação das imagens e da análise abrangente.

Palavras Chave

Anomalias vasculares; Imagem musculoesquelética;

Arquivos

Área

Sistema Musculoesquelético

Instituições

Grupo Fleury - São Paulo - Brasil

Autores

BRUNO GRANDE DA CUNHA, GABRIELA F BAILAO, PAULO TARSO KAWAKAMI PEREZ, MARIANA BATISTA ROSA PINTO, PEDRO HENRIQUE COELHO ARRUDA, ISABELA AZEVEDO NICODEMOS DA CRUZ, JULIO BRANDAO GUIMARAES, MARCELO ASTOLFI C NICO, ALIPIO GOMES ORMOND FILHO