Dados do Trabalho


Título

PONTOS FUNDAMENTAIS PARA UM RELATÓRIO EXCEPCIONAL EM ANOMALIAS MULLERIANAS

Introdução e objetivo(s)

Diversas classificações estão disponíveis para orientar a identificação das anomalias mullerianas durante a avaliação por imagem, com destaque para a atualização da ASRM em comparação com a anterior da ESHRE. Este trabalho busca, por meio de revisão de literatura, esclarecer as malformações mullerianas para radiologistas, auxiliando no diagnóstico por imagem.

Método(s)

O estudo exploratório e qualitativo revisou artigos científicos sobre classificações das anomalias mullerianas. A classificação da ESHRE derivou de entrevistas qualitativas com profissionais interessados no diagnóstico dessas anomalias, priorizando uma abordagem anatômica centrada no útero. A ASRM desenvolveu sua classificação por meio de questionários multidisciplinares, resultando em um formato eletrônico interativo para facilitar a identificação das malformações por diversos profissionais médicos. Uma categorização eficaz é fundamental para diagnósticos e tratamentos precisos das anomalias mullerianas.

Discussão

As malformações mullerianas são anomalias raras do sistema reprodutivo feminino, resultantes de falhas embriológicas nos ductos paramesonéfricos. A classificação da ESHRE resultou de um processo de investigação, avaliação e consenso entre profissionais, categorizando inicialmente as alterações uterinas por anatomia e subdividindo variações anatômicas significativas em subclasses. Anomalias cervicais e vaginais foram classificadas de forma coexistente e independente.

Diversos modelos de classificação existem, sendo a American Fertility Society (AFS) de 1988 um dos mais reconhecidos, embora criticado por não abordar anomalias vaginais e cervicais, e pela falta de clareza nos métodos diagnósticos.

Uma classificação atualizada da ASRM de 2021, baseada na AFS de 1988, destaca a importância de apontar semelhanças e diferenças estruturais entre as malformações. A versão eletrônica multidisciplinar considera anatomia, diagnóstico radiológico e tratamento, com destaque para modalidades de imagem pertinentes.

O diagnóstico radiológico correto, principalmente por ressonância magnética, é crucial para um tratamento direcionado, permitindo avaliação de anomalias associadas, especialmente renais.

Conclusões

Apesar das diversas classificações existentes, algumas anomalias mullerianas permanecem desconhecidas. No entanto, é viável elaborar uma classificação eficaz para orientar radiologistas em seus laudos. A atualização da ASMR, baseada na AFS de 1988, introduziu um método interativo que padroniza a nomenclatura, descreve o quadro clínico e as alterações estruturais, e inclui imagens características para cada anomalia. Esta abordagem otimiza pesquisas bibliográficas e esclarece a variedade de malformações mullerianas na comunidade médica.

Palavras Chave

Ressonância magnética Ultrassom Saúde da Mulher

Arquivos

Área

Imagem da Mulher

Instituições

Universidade Federal do Triângulo Mineiro - Minas Gerais - Brasil

Autores

JÚLIA BRAGA CINTRA, AMANDA CECÍLIA VIEIRA CHAGAS, LUÍSA RODRIGUES DE OLIVEIRA SARAMAGO, LUÍS RONAN M F SOUZA