Dados do Trabalho
Título
INIBIDORES DA PROTEÍNA FAP COMO NOVO RADIOFÁRMACO PARA APLICAÇÕES DIAGNÓSTICAS
Descrição sucinta do(s) objetivo(s)
Este estudo teve como objetivo revisar a literatura sobre a utilização dos inibidores da proteína fibroblast activation protein (FAP) conjugados a radionuclídeos, explorando sua aplicação como novos radiofármacos para propósitos diagnósticos oncológicos e não-oncológicos
Descrição da(s) doença(s), método(s) e/ou técnica(s)
A proteína FAP é uma protease altamente expressa em regiões de remodelamento, cicatrização tecidual e nos fibroblastos ativados associados aos tumores. Em tecidos adultos saudáveis a expressão desta protease é baixa, tornando-a um ótimo alvo molecular para o uso diagnóstico e terapêutico. O desenvolvimento de inibidores da FAP (FAPI) e sua conjugação a isótopos como o Gálio-68 e o Flúor-18 impulsionou a pesquisa e utilização destes radiofármacos em pacientes oncológicos com a técnica de tomografia por emissão de pósitrons associada a tomografia computadorizada (PET/CT).
Discussão
Os estudos com os inibidores de FAP radiomarcados têm sido feitos principalmente envolvendo tumores sólidos de origem epitelial, como neoplasias cerebrais, cabeça e pescoço, hepáticas, pancreáticas, ginecológicas, gastrointestinais e sarcomas. Os resultados são promissores, uma vez que as lesões malignas apresentam altos valores de captação dos radiofármacos contendo FAPI e, devido a baixa captação em tecidos saudáveis, as lesões apresentam um alto contraste em relação a atividade de fundo, razão conhecida como Tumor-to-Background Ratio (TBR). A partir do estudo em pacientes oncológicos, outras condições não oncológicas, mas que cursam com remodelamento tecidual, ativação de fibroblastos e expressão da FAP foram incluídas nos estudos com os FAPIs radiomarcados, como: fibrose hepática, doença de Crohn, artrite reumatóide, doenças cardiovasculares e Doença relacionada à imunoglobulina G4. Nestas doenças estes novos radiofármacos se mostraram úteis na avaliação da extensão, atividade e manejo terapêutico.
Conclusões
Portanto, a PET/CT FAPI possui resultados promissores para o diagnóstico e acompanhamento de pacientes oncológicos e não-oncológicos. No entanto, são necessários novos estudos para definir com clareza as indicações clínicas em que a aplicação dos radiofármacos contendo FAPI traga benefícios no manejo clínico e terapêutico dos pacientes. A técnica PET com os inibidores de FAP não vêm como uma substituição ao FDG (18 F), mas sim como uma complementação diagnóstica, sendo importante compreender como as informações novas ou complementares podem auxiliar no diagnóstico, estadiamento e impactar as decisões clínicas de tratamento.
Palavras Chave
PET/CT; FAP; FAPI
Arquivos
Área
Biomedicina
Instituições
Hospital Sírio-Libanês - São Paulo - Brasil
Autores
EMILY CABRAL DACOL, ANDRÉIA VICENTE, ANA KAROLINA DEFENTE CAETANO, LUCIANA CLAUDIA DESTEFANI P DA SILVA, CARLOS ALBERTO BUCHPIGUEL