Dados do Trabalho

Título

Avaliação do balanço sagital na doença degenerativa da coluna: Papel dos métodos de imagem no seguimento pré e pós-operatório

Descrição sucinta do(s) objetivo(s)

O objetivo do presente estudo é introduzir o conceito de balanço sagital, como interpretar o exame panorâmico da coluna vertebral, as principais medidas realizadas e descrever os achados, permitindo tanto ao especialista em coluna quanto ao radiologista uma melhor compreensão do impacto biomecânico das alterações degenerativas com consequente orientação mais apropriada da estratégia terapêutica cirúrgica.

Descrição da(s) doença(s), método(s) e/ou técnica(s)

O balanço sagital refere-se ao alinhamento da coluna vertebral no plano sagital. Isso depende da correlação entre coluna, pelve e membros inferiores, importante para manter a musculatura com menor demanda energética. A bacia estabelece a base de um alinhamento adequado. Uma de suas principais medidas é a incidência pélvica, que é um parâmetro anatômico fixo que estima a quantidade de lordose lombar necessária para manter o equilíbrio sagital.

Discussão

Após um crescimento exponencial nas cirurgias de fixação de coluna em doenças degenerativas, houve também um aumento das complicações pós-operatórias, incluindo aquelas relacionadas ao balanço sagital anormal, alterando a curvatura da coluna vertebral. Por exemplo, um procedimento de fusão espinhal pode resultar na redução da lordose lombar, deslocando o centro de gravidade do corpo anteriormente. Este comportamento requer do corpo uma compensação através da retroversão da pelve, o que condiciona sobrecarga muscular e dor espinopélvica.
As modalidades de imagem desempenham um papel importante na avaliação do equilíbrio sagital pós-cirúrgica. Radiografias fornecem uma imagem bidimensional ortostática da coluna ou dos membros inferiores. A tomografia computadorizada identifica anormalidades estruturais. A ressonância magnética é responsável pela melhor avaliação de tecidos moles. Além disso, a modalidade EOS é um método de imagem recente que fornece uma imagem tridimensional ortostática do corpo inteiro e com baixa dose, que corrige distorções de medição comumente encontradas em radiografias.

Conclusões

Há um aumento significativo no número de pacientes com espondilodiscoartropatias degenerativas submetidos a fixação de coluna, sendo importante manter a harmonia nas curvaturas sagitais para evitar desfechos clínicos ruins.
A avaliação por imagem com melhor entendimento da interação entre a coluna vertebral e a bacia permite o diagnóstico, o acompanhamento pré e pós-operatório, além de também auxiliar no manejo terapêutico apropriado.

Palavras Chave

EOS; BALANÇO SAGITAL; ESPONDILODISCOARTROPATIA

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