Dados do Trabalho

Título

Imagem da adrenal: do básico ao avançado

Introdução e objetivo(s)

A despeito da predominância de lesões adrenais benignas, a glândula frequentemente é alvo de metástases e, ocasionalmente, de tumores malignos primários. Este estudo busca examinar os principais aspectos de imagem das adrenais, visando auxiliar radiologistas e residentes nos diagnósticos diferenciais das lesões, e dessa forma, minimizar a exposição dos pacientes a exames e procedimentos desnecessários.

Método(s)

O trabalho utiliza casos didáticos provenientes do acervo institucional para revisar os principais elementos sobre as diferentes lesões adrenais, bem como o seu diagnóstico diferencial.

Discussão

Mielolipomas, neoplasias benignas adrenais raras, exibem características específicas na tomografia computadorizada (TC), apresentando-se como lesões circunscritas com atenuação de gordura. Adenomas são as lesões adrenais mais prevalentes, frequentemente apresentando alto teor de gordura intracelular, com baixa densidade na TC (menor que 10 HU). Para as lesões pobres em lipídios, a taxa de washout pela TC pode ser calculada para auxiliar no diagnóstico. Adrenalite tuberculosa pode apresentar aumento de volume glandular e impregnação heterogênea de contraste na fase aguda, podendo evoluir para atrofia e calcificação após a resolução do quadro. Feocromocitomas são tumores raros da medula adrenal e geralmente sintomáticos. Carcinoma adrenocortical, tumor maligno agressivo, se manifesta como grandes massas sólidas, heterogêneas e bem definidas, podendo conter áreas necróticas. Metástases são as lesões malignas mais comuns da adrenal e apresentam, classicamente, atenuação maior que 10 HU. O American College of Radiology e a European Society of Endocrinology utilizam algoritmos baseados nas características de imagem das lesões e especificidades dos pacientes para categorizar as lesões adrenais e auxiliar no diagnóstico e condução dos casos.

Conclusões

O conhecimento das diversas lesões adrenais e seu diagnóstico diferencial é imprescindível para o radiologista contemporâneo. A adoção de fluxogramas de instituições acadêmicas renomadas é incentivada para sistematizar a abordagem de incidentalomas, proporcionando maior especificidade diagnóstica e melhor condução dos casos, reduzindo assim a exposição dos pacientes a procedimentos desnecessários.

Palavras Chave

adrenal; incidentaloma; diagnóstico diferencial

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