Dados do Trabalho

Título

Escleroterapia de hidrocele utilizando polidocanol

Descrição sucinta do(s) objetivo(s)

A forma mais comum de hidrocele em adultos é a primária ou idiopática e afeta cerca de 1% dos homens adultos. É causada por um aumento no volume de fluido entre as camadas da túnica vaginal. Resulta da absorção inadequada do fluido pela túnica vaginal através dos vasos linfáticos. A maioria das hidroceles não requer intervenção, mas quando grandes podem causar sintomas incômodos sendo necessário abordar. A escleroterapia tem sido amplamente realizada com vários agentes, ela funde as camadas da túnica vaginal, obliterando o espaço potencial para a recorrência da hidrocele. Ganhou ampla aceitação por sua natureza menos invasiva, baixa morbidade e menor tempo de recuperação, em detrimento da abordagem cirúrgica. Com este relato objetivamos mostrar uma opção de agente esclerosante inovador e com ótimo custo-efetividade.

História clínica

Paciente do sexo masculino, 40 anos, sem comorbidades prévias, que apresentou quadro de hidrocele de etiologia idiopática, manifestando sintomatologia caracterizada por dores e sensação de peso na região afetada. O paciente, após considerar diversas opções terapêuticas, optou por um procedimento minimamente invasivo, que consiste em punção aspirativa concomitantemente à administração de substância esclerosante.

Discussão e diagnóstico

A escleroterapia foi realizada sob anestesia local, em regime ambulatorial, o paciente foi colocado em decúbito dorsal, sendo realizada ultrassonografia para avaliação da hidrocele, além de determinar o melhor local de drenagem. A anestesia local foi realizada com lidocaína a 2%. Uma agulha calibre 16 foi inserida por meio de ultrassom, a hidrocele foi aspirada, e foram injetados 20mL de polidocanol.

A paciente relatou alívio significativo e imediato dos sintomas e os exames de imagem de acompanhamento revelaram redução notável no tamanho da hidrocele. Não foram observadas complicações significativas após o procedimento.

Conclusões

Este relato de caso destaca a eficácia da escleroterapia com polidocanol como uma alternativa segura e eficiente no tratamento de hidrocele. A abordagem minimamente invasiva, associada a menos complicações e menor custo, torna o procedimento uma ferramenta valiosa no arsenal terapêutico para pacientes nesse contexto clínico.

Até onde temos conhecimento, não há outros relatos de escleroterapia de hidrocele utilizando polidocanol em pacientes no Brasil. Portanto, representa uma alternativa com um satisfatório custo-benefício que amplia o leque de opções terapêuticas.

Palavras Chave

Escleroterapia; Hidrocele; Polidocanol.

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