Dados do Trabalho


Título

TUMOR DO SACO ENDOLINFÁTICO: RELATO DE CASO

Descrição sucinta do(s) objetivo(s)

Descrever caso raro de tumor do saco endolinfático (TSE) em paciente de meia idade. Um tipo tumor neuroectodérmico, localmente invasivo, raro e com poucos relatos na literatura.

História clínica

Mulher de 42 anos, com relato de hipoacusia, vertigem, fraqueza em membro superior e membro inferior esquerdos, paralisia facial e disfagia. Foi submetida a procedimento cirúrgico de ressecção subtotal, evoluindo no pós-operatório com crises de cefaléia e otorréia liquórica. Posteriormente, seguiu em acompanhamento com a oncologia clínica, otorrinolaringologia e radioterapia. Paciente segue no serviço, acompanhada por equipe multiprofissional, tendo apresentado melhora das crises de cefáleia e otorréia liquórica.
Tomografia computadorizada de crânio e mastoides com lesão expansiva de ângulo ponto-cerebelar esquerdo que comprime de forma moderada o pedúnculo cerebral médio correspondente, determinando destruição com áreas líticas no ápice petroso, meato acústico interno e grande parte da mastoide.
Ressonância magnética do encéfalo com contraste com lesão expansiva centrada no osso temporal à esquerda acometendo principalmente suas porções petrosa e mastóidea, com sinal heterogêneo em T1 e T2, com áreas focais de hipersinal em T1, realce heterogêneo ao meio de contraste, mais evidente em sua porção central, além de áreas císticas na periferia, com nível líquido-líquido.
Após imuno-histoquímica o resultado foi compatível com neoplasia de padrão papilar expressando CAM5.2, GFAP (focal) e EMA (focal).

Discussão e diagnóstico

Os tumores do saco endolinfático são lesões de origem neuroectodérmica, caracterizados por um subgrupo de lesões ósseas temporais posteriores destrutivas que são raras, mas habitualmente apresentam um bom prognóstico ao serem submetidos a intervenção neurocirúrgica.
O crescimento do TSE se faz de forma lenta, infiltrando-se e provocando erosões na porção petrosa do osso temporal. Este crescimento insidioso é o responsável pelas manifestações clínicas da patologia.

Conclusões

Apesar do TSE apresentar comportamento benigno, são localmente agressivos, causando considerável destruição óssea e quando diagnosticados precocemente apresentam bom prognóstico. Com isso, há necessidade da interpretação de imagens o mais precoce possível para que seja realizada a completa remoção cirúrgica, com preservação auditiva e um melhor prognóstico.

Palavras Chave

TUMOR; saco endolinfático

Arquivos

Área

Neurorradiologia

Instituições

Hospital Ophir Loyola - Pará - Brasil

Autores

RICARDO MENDES ROGÉRIO, TALYTTA GOMES E SILVA TAKADA PEREIRA, MARIANA CARDOSO COSTA DA SILVA, VIVIANE COSTA MATOS, EDIANE CRISTINA CARRERA ELERES DA COSTA