Dados do Trabalho


Título

Patologia uterina benigna na Imagem de Ressonância Magnética (IRM) - um guia prático voltado às informações essenciais para um relatório assertivo.

Introdução e objetivo(s)

O avanço tecnológico dos aparelhos de ressonância magnética permitiu imagens de maior qualidade, e, consequentemente, informações precisas e de alto impacto na conduta médica, além da incorporação dos achados imaginológicos nas novas classificações multidisciplinares das principais patologias uterinas. Embora as principais indicações clínicas para a realização de uma IRM da pelve permaneçam sendo as de leiomiomatose, endometriose, adenomiose uterina, cistos/lesões ovarianas, dor pélvica, sangramento uterino anormal e avaliação pós-operatória, invariavelmente novas classificações patológicas nacionais e internacionais para essas mesmas patologias, podem determinar dificuldade na interpretação e descrição destes achados para atender essa nova demanda. Além disso, comumente nos deparamos com achados não relacionados à indicação clínica ou com uma miscelânia de outras condições, iatrogênicas ou não, que devem ser descritas e interpretadas de forma adequada. Diante disso, este trabalho visa facilitar o diagnóstico e a descrição destas principais alterações de forma simples e prática através de fluxogramas e/ou esquemas gráficos, baseados na literatura mais recente.

Método(s)

Estudo observacional e transversal retrospectivo, realizado através de busca de casos ilustrativos dos assuntos de interesse em banco de dados de uma rede hospitalar privada.

Discussão

Este trabalho propõe uma revisão das informações e novas classificações relevantes para um relatório radiológico completo e de alto impacto na conduta clínica das principais patologias/condições uterinas benignas não-endometriose, divididas nas seguintes categorias:
- anatomia e posicionamento uterino, incluindo parâmetros de mensuração;
- miométrio: mioma, cistos miometriais, adenomiose, ACUM, istmocele;
- endométrio: pólipo endometrial, contraceptivos intrauterinos (tipos, posição correta e critérios de migração do endoceptivo);
- colo uterino: pólipo cervical, cistos e cervicite;
- paramétrios: varizes pélvicas/síndrome da congestão pélvica.

Conclusões

A avaliação de uma IRM da pelve feminina torna-se desafiadora pelo número de patologias/condições clínicas encontradas em uma mesma paciente. Sendo assim, é essencial o radiologista dominar as particularidades destas doenças e a literatura mais recente, produzindo um relatório assertivo, tornando-se determinante na tomada de decisão a respeito da paciente. Propor um guia prático e atualizado baseado em informações chaves que aborde e ilustre o raciocínio diagnóstico sobre as principais características de imagem de cada patologia, auxiliará o radiologista de diferentes graus de experiência.

Palavras Chave

leiomiomatose; Endometriose; pós-operatório

Arquivos

Área

Abdominal/Trato Geniturinário

Instituições

Rede D`Or São Luiz - São Paulo - Brasil

Autores

ANTONIO EUSTAQUIO DANTAS SILVA JUNIOR, YURI COSTA SARNO NEVES, RODRIGO PAMPLONA POLIZIO, BRUNO JUCA RIBEIRO, GABRIELK LAVERDI BERALDO, ANA ISABELLA DE OLIVEIRA, FERNANDO DOMINGUES TAMAMOTO, FERNANDO DOMINGUES TAMAMOTO