Dados do Trabalho
Título
Tumores hematolinfoides do sistema nervoso central: uma visão além do linfoma
Introdução e objetivo(s)
sistema nervoso central, sendo esta uma complicação clínica grave, com prognóstico desfavorável. Os exames de imagem, particularmente a ressonância magnética, desempenham um papel importante no diagnóstico e manejo dos pacientes, principalmente quando as lesões são inacessíveis para biópsia.
Os objetivos deste trabalho são listar os subtipos de tumores hematolinfoides com envolvimento neurológico, revisar a epidemiologia, os dados clínicos e as principais características de imagem, visando produzir material didático para aprendizagem e consulta.
Método(s)
Ensaio pictórico baseado na análise de casos originais e revisão da literatura.
Discussão
A quinta edição da classificação dos tumores do sistema nervoso central pela Organização Mundial da Saúde separa os tumores hematolinfoides com envolvimento neurológico em dois grandes grupos: linfomas (subdivididos em linfomas do sistema nervoso central, incluindo linfoma difuso de grandes células B, imunodeficiência associada ao linfoma, granulomatose linfomatoide e linfoma intravascular de grandes células B; e linfomas raros, incluindo linfoma de tecido linfoide associado à mucosa da dura máter, linfomas de células B de baixo grau, linfoma anaplásico de grandes células, e linfoma de células NK/T e T) e tumores histiocíticos, incluindo doença de Erdheim-Chester, doença de Rosai-Dorfman, xantogranuloma juvenil, histiocitose de células de Langerhans e sarcoma histiocítico.
Neoplasias histiocitárias são mais comuns em crianças e adolescentes, enquanto linfomas predominam em adultos e idosos. Ao contrário dos tumores cerebrais primários, que geralmente são tratados cirurgicamente, as neoplasias hematológicas são tratadas com quimioterapia e radioterapia intratecais, cuja toxicidade pode agravar o quadro clínico.
Embora os achados de imagem sejam sugestivos, não são capazes de fornecer o diagnóstico definitivo, dado que localizações e características atípicas são comuns. Ainda assim, a familiaridade com as principais características de imagem é essencial para sugerir o diagnóstico destas patologias.
Conclusões
O envolvimento neurológico nas neoplasias hematolinfoides representa um desafio clínico, com prejuízo prognóstico. Nesse contexto, os métodos de imagem desempenham um papel fundamental no diagnóstico precoce e direcionamento da conduta médica a fim de agilizar o tratamento e manejo do paciente.
Palavras Chave
Linfoma; histiocitose de células de langerhans; Neoplasias
Arquivos
Área
Neurorradiologia
Instituições
BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo - São Paulo - Brasil, Grupo DASA - Diagnósticos da América S.A. - São Paulo - Brasil, Grupo Fleury - São Paulo - Brasil, Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP) - São Paulo - Brasil
Autores
HEYTOR JOSE OLIVEIRA CABRAL, HELEN RIBEIRO OLIVEIRA, GIOVANNA SIMÕES CALFI, LAIS SCHWEIGER FREITAS ABDUCH, MANOEL HENRIQUE FONSECA BARBOSA, ANDRE KOHATSU COUTINHO, ANGELO CHELOTTI DUARTE, FELIPE TORRES PACHECO, THIAGO LUIZ PEREIRA DONOSO SCOPPETTA, LAZARO LUIS FARIA AMARAL, RENATO HOFFMANN NUNES, ANTONIO JOSE ROCHA, ANTONIO CARLOS MARTINS MAIA JR