Dados do Trabalho
Título
O valor da ressonância magnética na avaliação de obstrução nasal unilateral por encefalocele em paciente adulto
Descrição sucinta do(s) objetivo(s)
O objetivo desse artigo é relatar o diagnóstico de encefalocele frontoetmoidal, em paciente de 44 anos, por meio de ressonância magnética, ressaltando a importância e eficiência desse método de imagem na identificação, de uma malformação rara, pouco relatada em literatura em pacientes adultos.
História clínica
LMV, sexo masculino, 44 anos, apresentava historia de obstrução nasal unilateral, diagnosticado previamente com rinite unilateral, relatava descarga nasal intermitente, episódios de cefaleia, sem histórico de traumas ou cirurgias nasais prévias.
Foi submetido à ressonância magnética sendo observada presença de encefalocele frontoetmoidal à direita, caracterizada por um defeito ósseo na placa cribiforme com surgimento de lesão cística no interior do corneto nasal médio preenchida por líquor, com insinuação de parte do lobo frontal para o interior da porção superior do etmoide que promove abaulamento e aumento de volume da cavidade nasal à direita.
Discussão e diagnóstico
Encefalocele é uma malformação congênita do SNC, predominantemente diagnosticada na infância, a qual consiste na protrusão do conteúdo intracraniano fora de seus limites normais, causada pelo defeito no fechamento do tubo neural durante o desenvolvimento embrionário entre a terceira e quarta semana e possui diversas etiologias.
A encefalocele nasoetmoidal é considerada rara, resultado do defeito ósseo congênito da lâmina crivosa ou cribriforme, na cavidade nasal próximo ao septo e medial à concha média.
Pacientes adultos não diagnosticados com encefalocele na infância normalmente não apresentam manifestações neurológicas. Tais casos, predominantemente, se pautam em alterações respiratórias ligadas a obstrução nasal unilateral, as quais, somadas a esporadicidade de tal malformação, costumam afastar tal patologia como principal hipótese diagnóstica.
Diante da sintomatologia apresentada os pacientes são submetidos à tomografia computadorizada ou resonância magnética, sendo essa última apresentando-se como o padrão outro no diagnóstico de encefaloceles por evidenciar a projeção do líquor e parte do parênquima cerebral para o interior da cavidade nasal.
Conclusões
A ressonância magnética mostrou ser método de diagnóstico por imagem com ótima resolução para avaliação multicompartimental de encefalocele frontoetmoidal com extensão para a cavidade nasal, contribuindo para o planejamento cirúrgico mais adequado.
Palavras Chave
Encefalocele; Ressonância magnética; obstrução nasal
Arquivos
Área
Cabeça e Pescoço
Instituições
UFTM - Minas Gerais - Brasil
Autores
LEONARDO CUNHA GONÇALVES, LUIZA CUNHA GONÇALVES, ADRIANA RODRIGUES CUNHA, ELMAR GONZAGA GONÇALVES