Dados do Trabalho
Título
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DAS SÍNDROMES PARKINSONIANAS: O QUE TODO RADIOLOGISTA PRECISA SABER
Introdução e objetivo(s)
As síndromes parkinsonianas são alterações neurodegenerativas classificadas em primárias, secundárias e atípicas. Porém, a investigação clínica é insuficiente para confirmação neuropatológica, sendo imprescindível a avaliação complementar, com a Ressonância Magnética (RM) como método de escolha. O objetivo desse ensaio pictórico é ressaltar os aspectos clínicos e radiológicos das síndromes parkinsonianas com ênfase em biomarcadores imaginológicos para auxílio no diagnóstico diferencial.
Método(s)
Realizada avaliação retrospectiva de exames de RM de pacientes portadores de síndrome parkinsoniana por meio de imagens obtidas em banco de dados.
Discussão
Os corpúsculos de Lewy são inclusões citoplasmáticas interneurais de alfa-sinucleína, ubiquitina e neurofilamento. Os sintomas são psicose, demência e parkinsonismo e os achados no PET envolvem a captação diminuída do transportador dopaminérgico nos gânglios da base, atividade reduzida da glicose em região occipital e presença do sinal da ilha singulada e, na RM, demonstra atrofia temporal menor e occipital maior que na doença de Alzheimer. Já a paralisia supranuclear progressiva (PSP) causa bradicinesia, instabilidade postural, distonia axial progressiva e demência, notando-se, na RM, a atrofia do tegmento do mesencéfalo com adelgaçamento dos pedúnculos cerebrais, sendo nomeado como sinal do Mickey Mouse ou da flor de ipomeia nas imagens axiais e nas sagitais a aparência é de silhueta de pinguim ou beija-flor. Ademais, a degeneração corticobasal (DCB), síndrome atípica, envolve a forma rígido-acinética da doença de Parkinson e os pacientes podem desenvolver fenômeno do membro alienígena, devido ao acometimento do giro pré-frontal. Em consequência, os achados prevalentes na RM são atrofia cortical assimétrica, bilateral dos gânglios da base e do corpo caloso, além de sinal hiperintenso em T2. Por fim, na atrofia de Múltiplos Sistemas (AMS) há a deposição de α-sinucleína nos oligodendrócitos e os achados incluem atrofia putaminal e hipointensidade na ponderação T2, além de hipersinal em FLAIR caracterizando o "putaminal slit". Na AMS cerebelar, destaca-se atrofia cerebelar, do pedúnculo cerebelar médio (MCP) e da ponte com hiperintensidade em T2 de aspecto cruciforme “hot cross bun sign”.
Conclusões
As síndromes parkinsonianas, em geral, possuem um quadro clínico semelhante. Assim, o conhecimento do ponto de vista de biomarcadores imaginológicos é indispensável para o diagnóstico e melhor condução clínica do paciente.
Palavras Chave
Síndromes parkinsonianas; diagnóstico; Ressonância magnética
Arquivos
Área
Neurorradiologia
Instituições
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIENCIAS DA SAUDE DE ALAGOAS (UNCISAL) - Alagoas - Brasil
Autores
JENNIFFER KELLY ASSIS DE BARROS, RODRIGO CERQUEIRA BOMFIM, DANIELA SOUZA ROQUE, CARLA LETICIA DE MEDEIROS TORRES, NATHALIA GARCIA DE SOUZA OLIVEIRA, NATHALY SANTOS NOBRE