Dados do Trabalho
Título
DISRAFISMOS ESPINHAIS FECHADOS: REVISÃO POR UM ALGORITMO PRÁTICO EM ENSAIO PICTÓRICO
Introdução e objetivo(s)
Os disrafismos espinhais abrangem as malformações congênitas da coluna vertebral e medula espinhal e representam uma importante causa de morbidade infantil. Os disrafismos espinhais podem ser classificados em duas categorias: abertos ou fechados. Nos disrafismos espinhais abertos há exposição direta do tecido neural, sendo observada no exame clínico, enquanto que nos disrafismos espinhais fechados (DEFs) há uma cobertura cutânea, representando um desafio diagnóstico. Dessa forma, a neuroimagem possui uma função crítica na detecção dos DEFs, sendo a Ressonância Magnética (RM) o exame de escolha. Assim, o objetivo deste estudo é revisar os principais aspectos radiológicos dos DEFs, fornecendo informações essenciais para o reconhecimento e interpretação correta dos achados, de forma a facilitar o diagnóstico precoce.
Método(s)
Ensaio pictórico elaborado a partir de exames de RM do banco de imagens da nossa instituição, associados à revisão de literatura nas principais bases de dados internacionais, organizados em um algoritmo prático.
Discussão
Os DEFs englobam uma heterogeneidade de malformações da medula espinhal que podem estar associados a diferentes estigmas cutâneos, incluindo características quase imperceptíveis. Apesar das classificações já existentes, os DEFs ainda representam um desafio para os iniciantes na neurorradiologia, portanto iremos abordar esse tema a partir de um algoritmo simples de diagnóstico, visando a otimização do aprendizado acerca dessas patologias. O primeiro passo do algoritmo consiste em determinar a presença ou ausência de massa subcutânea em associação à malformação espinhal. Se a massa subcutânea estiver presente, será classificado em mielocistocele, meningocele ou lipoma com defeito dural, o qual se subdivide em três tipos (lipomielocele, lipomielomeningocele e lipomielosquise). Se não tiver massa subcutânea associada, será classificado entre disrafismo simples (lipoma intradural, lipoma filum terminal, persistência do ventrículo terminal) ou complexo (seio dermal congênito, diastematomielia, síndrome de regressão caudal, mielosquise limitada dorsal, mielomeningocele fechada).
Conclusões
As diversas apresentações radiológicas dos DEFs devem ser reconhecidas pelo radiologista, a fim de direcionar a decisão clínica para um diagnóstico correto e tratamento precoce, minimizando a morbidade relacionada a essas malformações.
Palavras Chave
Malformações congênitas; Disrafismos Espinhais Fechados; Ressonância magnética
Arquivos
Área
Neurorradiologia
Instituições
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - Rio Grande do Norte - Brasil
Autores
IGARA ARAUJO TAVARES, MARIANA DE OLIVEIRA COSTA, ANGELA RAFAELE BEZERRA DA SILVA MESQUITA, ARTHUR MOREIRA CARVALHO, MANUEL MOREIRA NETO