Dados do Trabalho


Título

Avaliação da Eficácia do Bloqueio do Plexo Hipogástrico Superior no Controle Álgico após a Embolização de Miomas Uterinos

Descrição sucinta do(s) objetivo(s)

Avaliar a eficácia do Bloqueio do Plexo Hipogástrico Superior (BPHS) na redução do uso de opióides após a Embolização de Miomas Uterinos (EMU), comparando-o com a raquianestesia.

Material(is) e método(s)

Estudo quase-experimental, sem randomização, com 42 pacientes submetidas à EMU, submetidas ao BPHS (figuras 01 e 02) ou à raquianestesia. Foram avaliados dados anatômicos, tempo de procedimento do BPHS, e quantidade de agentes embólicos na EMU. Escalas de dor foram aplicadas sequencialmente após 1, 6 e 18 horas, e foi analisada a quantidade de morfina necessária no pós-operatório.

Resultados e discussão

Foram incluídas 42 pacientes com idade entre 28 e 62 anos, divididas igualmente em dois grupos, um submetido a raquianestesia outro ao BPHS. Foram realizadas análises de acordo peso, idade, altura, volume do útero pré-procedimento, diâmetro do maior mioma, número de miomas e presença ou não de adenomiose. Ambos os grupos estavam pareados estatisticamente quanto a essas características, independente da não randomização do estudo (Tabela 01).
O tempo para realizar o BPHS variou de 6 a 22 minutos, com média de 11,67 (+/- 2,9) minutos. Todos os casos foram realizados com sucesso técnico e sem complicações.
Não houve diferença estatisticamente significante nas quantidades necessárias de agentes embolizantes entre os grupos.
Também não houve diferença nos escores de dor referido pelas pacientes 1, 6 e 18 horas após a EMU ou nas doses necessárias de Morfina ao longo das 18h de acompanhamento, entre os grupos.
Ambos os métodos analgésicos foram considerados efetivos na redução da dor após a EMU. Esse resultado sugere que o BPHS pode ser uma alternativa viável à raquianestesia no controle álgico pós-EMU, corroborando com estudos anteriores que demonstraram sua eficácia em outros procedimentos ginecológicos.

Conclusões

Os resultados sugerem que o BPHS pode ser uma alternativa efetiva à raquianestesia no controle da dor pós-embolização. Estudos prospectivos randomizados são necessários para validar esses achados e proporcionar uma base mais robusta para a incorporação do BPHS na prática clínica rotineira.

Palavras Chave

Bloqueio do Plexo Hipogástrico Superior; Embolização de Miomas Uterinos; Raquianestesia

Arquivos

Área

Imagem da Mulher

Instituições

UNIFESP - São Paulo - Brasil

Autores

PRISCILA HENRIQUES DA SILVA, GUSTAVO BORGES TEIXEIRA MENDES, ERIC RENAN GOMES, DENIS SZEJNFELD, LUIZ HENRIQUE LOTT, FELIPE WEI NING WANG, CAMILA DA ROCHA ANDRADE, LUCIANO FAVARATO FREIRE, MATHEUS KIYOSHI SIQUEIRA HORIE, RODRIGO DE BRITO PUPO