Dados do Trabalho

Título

Um Caso Raro de Hipertrofia Congênita Unilateral da Musculatura Intrínseca do Pé

Descrição sucinta do(s) objetivo(s)

Descrever os achados radiológicos de um caso raro de hipertrofia congênita unilateral da musculatura plantar.

História clínica

Paciente masculino, 4 anos de idade, previamente hígido, em investigação por abaulamento indolor na região plantar do pé direito presente desde o nascimento, sem apresentar prejuízo funcional.

Discussão e diagnóstico

Na radiografia de pé em perfil notou-se aumento focal de partes moles na região plantar, sem acometimento de estruturas ósseas. A ressonância magnética demonstrou aumento de músculos intrínsecos do pé, que incluía o músculo flexor curto dos dedos e o abdutor do hálux. Ao estudo por meio de ultrassonografia evidenciou-se hipertrofia destes músculos, mantendo a arquitetura dos tecidos moles adjacentes. O paciente segue em acompanhamento ambulatorial regular em serviço especializado.
O diagnóstico da hipertrofia congênita dos músculos intrínsecos do pé representa um desafio, uma vez que o aumento do volume muscular, seja em grupos únicos ou múltiplos, pode se assemelhar a tumores de partes moles. Além disso, casos de ventres musculares anômalos e acessórios no pé foram documentados, apresentando semelhanças clínicas. Ademais, é crucial descartar outras causas não musculares de aumento do tecido mole, como malformações vasculares, fibromatose plantar, cistos sinoviais e gigantismo focal.

Conclusões

A hipertrofia congênita de músculos do pé é uma condição rara, com apenas 15 casos previamente relatados na literatura, com prevalência desconhecida, não estando relacionada a transtornos nervosos, musculares ou de estímulos extrínsecos. O tratamento deve ser direcionado para o alívio dos sintomas, não tendo em vista unicamente a excisão da massa.

Palavras Chave

hipertrofia; congênito; plantar;

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