Dados do Trabalho

Título

Importância do uso rotineiro da classificação de o-rads no ultrassom transvaginal para detecção precoce de lesões ovarianas

Descrição sucinta do(s) objetivo(s)

Identificar a importância da utilização rotineira da classificação O-RADS na Ultrassonografia Transvaginal para detecção precoce de lesões ovarianas, melhorando e padronizando o diagnóstico ultrassonográfico das massas anexiais.

Descrição da(s) doença(s), método(s) e/ou técnica(s)

O exame ultrassonográfico é subjetivo, depende da experiência do ultrassonografista. Em 2020, foi publicado pela Academia Americana de Radiologia o Sistema de Dados de Relatórios de Imagens Ovarianas-Anexiais (O-RADS), classificando imagens de ovários e massas anexiais em 6 grupos de risco diferentes baseado na malignidade de cada lesão, e fornece sugestões para o manejo do paciente. Esse sistema mostrou alta sensibilidade e especificidade na detecção de lesões ovarianas e anexiais. Foi realizada uma revisão sistemática de literatura, analisando e comparando os dados de artigos observacionais, longitudinais, prospectivos e retrospectivos referentes ao tema em bases de dados e revistas científicas, Radiographics, PubMed, Springer Link e JAMA Network, com os descritores "doenças ovarianas”, “neoplasias ovarianas”, “ultrassonografia", nos idiomas inglês e português.

Discussão

A média de idade das participantes dos estudos foi de 46,5 anos, e 39,37% eram menopausadas. Em relação ao tipo de tumor, 70,81% eram malignos, confirmados na análise histológica pós tratamento cirúrgico. Quanto ao O-RADS, 0,13% foi classificado como O-RADS 0; 0,13% O-RADS 1; 44,86% O-RADS 2; 22,25% O-RADS 3; 17,12% O-RADS 4 e 15,51% O-RADS 5. Constatou-se que a classificação O-RADS tem sensibilidade de 91,69%, especificidade de 80,32%, valor preditivo positivo de 41,11%, valor preditivo negativo de 97,90%; Likelihood Ratio positivo de 4,66 e negativo de 0,10. As divergências diagnósticas ocorrem devido à experiência do examinador, e método utilizado, que pode ser léxico IOTA (Análise Internacional de Tumores Ovarianos) ou ADNEX (Avaliação de Diferentes Neoplasias de Anexos). Comparando os resultados da literatura, observou-se alta sensibilidade, mas especificidade moderada (taxa de falso positivo de 19,09%), mesmo com examinadores experientes, na classificação O-RADS. A alta sensibilidade (97,95%) é fundamental, especialmente para ultrassonografistas não experientes, para excluir possíveis lesões graves no rastreamento.

Conclusões

A classificação ultrassonográfica do O-RADS representa um importante passo para melhora na precisão diagnóstica das lesões ovarianas e anexiais, de forma objetiva e eficaz, impactando positivamente na saúde das pacientes. Além disso, possibilita intervenções precoces e melhores resultados clínicos.

Palavras Chave

Doenças ovarianas; Neoplasias ovarianas; Ultrassonografia.

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